Mãezinha

Mãezinha
tarde no sítio

terça-feira, 24 de agosto de 2010


A felicidade não entra em portas trancadas.
(Chico Xavier)
Paizinho, com certeza a mamãe está muito feliz em ver que o sorriso de felicidade voltou aos seus lábios. Viva, pai, ame a vida, ela continua, apesar de tudo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM
"Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos." (Friedrich Nietzsche)
Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva
Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.
Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão.
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho mãe se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado avó.
Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla.
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar.
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer.
Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre.
Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade.
Escrevi essa crônica em 11 de março de 2008, um dia após a morte de Ignês Pelegi de Abreu, minha mãe. Naquela época eu não tive condições de ler o texto no ar, no que fui socorrido pelo meu amigo Irineu Toledo. Hoje, um ano após sua morte, repito essa crônica em homenagem não só a ela, como a todas as mães que habitam o céu.
www.vidanet.org.br/.../maes-morrem-quando-querem -

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

felicidade


Hoje acordei tão feliz que tinha de compartilhar isso com todos. Ontem recebi um e-mail cuja mensagem inicial era para que eu mentalizasse algo que eu quisesse muito.No momento pensei: " Meu Deus, o que posso pedir se já tenho tanto? Uma família linda, filhas saudáveis e perfeitas, um casamento harmonioso, um trabalho, que mais chamo de vocação, que amo fazer?" Enfim...a única coisa que me faz falta mesmo é a presença física de minha mãe, mas como aprendiz da doutrina sei que tenho que perseverar e entender que ela apenas está em outra dimensão, mas nunca morta. Pensei então que se ela me mandasse um sinal, uma mensagem, algo para aplacar essa depressão que, volta e meia, torna a voltar.
A tarde fui trabalhar, quando cheguei em casa comecei a assistir a novela " Escrito nas estrelas" que por sinal, estou adorando. Veio num momento providencial para mim. Afinal o cair da noite é o momento em que mais me entristeço. A cena em que o Daniel visita a Viviane durante um sonho e seus espíritos passeiam juntos foi tão tocante, que é claro, fui às lágrimas e pensei,"queria tanto que a senhora me visitasse, mãe!".
À noite, entrei no blogger e li algumas lindas mensagens e me emocionei, como sempre.Adoro os posts da Jeanne, da Valéria, minha xará, da JR e tantos outros... Aprendo tanto com esses amigos!!! Quando entrei no blog LUZ DE NOSSA VIDAS da minha amiga Patrícia, fui surpreendida com a psicografia da d. Mércia, me identifico demais com ela, não sei por que, mas sinto uma empatia muito forte.Talvez seja porque somos irmãs na dor. A d. Mércia me lembra demais minha mãe, alegre, disposta, jovem de alma. As palavras dela nas cartas batem fundo em meu coração e me consolam tanto, pois sei que a minha mãe também está bem.Pensei: "Isso já um sinal, pois me trouxe tanta paz!"
Para fechar com chave de ouro o meu dia: Sonhei com minha mãezinha, foi um sonho tão maravilhoso, eu a abraçava tanto, beijava seu rosto e dizia sem parar o quanto eu a amo. Não consigo me lembrar de muitos detalhes, mas lembro-me0que ela estava tão feliz, parecia que ela resplandecia amor por todos os poros, foi realmente uma experiência inesquecível. Acordei realizada, as primeiras palavras que eu disse foram: "Obrigada, Pai de bondade, obrigada pela noite maravilhosa, pelo sonho divino que me proporcionaste.Pela visita que concedeste." Meu marido também ficou tocado, e também agradeceu a Deus por me ver tão bem, pois ele tem presenciado tantas vezes o meu pranto e sempre me amparando em seu amor. Levantei me da cama, fui ao quintal e olhei para o céu azul resplandecente, dei bom dia ao Dia,fazia tanto tempo que eu não fazia mais isso, falei novamente com Deus. " Obrigada, obrigada, meu Pai".
É isso, amigos, meu pedido foi atendido por Ele, e eu não poderia deixar de divulgar uma experiência espiritual tão profunda como essa.
Mãe, obrigada por tudo, por ter sido quem me gerou, me deu amor, carinho, exemplos de dignidade e fraternidade. Te amo pra sempre...sempre...sempre...
Aos meus amigos, muita luz.
Abraços fraternos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

seis meses sem ti




Seis meses sem ti mãezinha, sem seu carinho, sem suas broncas, sem seu abraço... a dor que tua ausência me causa teima em persistir. Sinto tanta falta da sua risada...
Às vezes acordo feliz, agradeço muito a Deus por sonhar tanto contigo. Há alguns dias a senhora visitou a Laurinha, ela me acordou de madrugada para contar “mamãe, eu sonhei com a vovó, só que ela não disse nada no sonho.”, abracei-a forte e disse “ fique feliz, filhinha, a vovó está sempre pensando em você”.
Tenho alternado dias bons com outros nem tanto.Mas sei que isso faz parte do processo, sei que está feliz vendo o papai superando a solidão, agora que ele foi visitar os familiares está feliz, sendo mimado por todos. Tenho certeza de que ele vai voltar com energias renovadas. Ele passou o dia dos pai longe daqui, mas mandei uma mensagem pra ele. Dizia assim
“Meu pai
meu herói,
meu porto seguro,
meu orgulho,
meu exemplo de honestidade, dignidade, bondade...
O que seria de mim sem você, pai?! Como eu passaria por uma dor tão grande sem seus braços para me acolher, me proteger, me consolar e, principalmente, me amar incondicionalmente?!
Obrigada por nos proporcionar junto com a mamãe essa família maravilhosa, o nosso lar e tanto amor.
Te amo muito.”
Agradeço a ti também, mãezinha, por tudo que me ensinou por meio de palavras e, principalmente, de exemplos. É o seu exemplo de mãe que pretendo repetir com minhas filhas, que são a minha razão de viver.
Fique em paz, na luz. Te amo pra sempre.