Mãezinha

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tarde no sítio

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A vida é tão fugaz

Resolvi criar esse blog para homenagear minha falecida mãe e para compartilhar essa experiência de perda e aprendizado com pessoas que também estejam passando por isso ou já passaram.
Foi no carnaval de 2010, estávamos no Guarujá, meu irmão que mora nos EUA havia chegado para passar suas férias conosco, minha mãe estava tão ansiosa em rever o filho, tão feliz...A família quase toda reunida, enfim, era um momento de plena harmonia entre nós. Eu já havia percebido que ela andava um pouco frágil, justo ela que sempre fora energia pura, mas pensava "deve ser o calor".
No dia 15/02 sua pressão subiu e a levamos ao hospital, onde ela passou a noite em observação. No dia seguinte foi transferida para Jundiaí, conversei com a médica da UTI móvel, que me tranquilizou dizendo que minha mãe estava estável e que seria monitorada até chegar em Jundiaí. Subimos a serra tranquilos, conversando e comentando que a mamãe havia nos dado um susto e que assim que tivesse alta eu a levaria para minha casa, onde iria mimá-la um pouco. Lêdo engano.
Quando estávamos próximos ao hospital, fui tomada por um pressentimento, uma dor aguda no peito, sei lá uma sensação desagradável. Roguei a Deus que não a levasse. pedi a intercessão de Nossa Senhora, que também é mãe. Cheguei no hospital, entrei correndo, até me esqueci que meu pai vinha atrás de mim, e recebi a triste notícia, meus tios que já estavam lá me disseram que ela havia sofrido uma parada cardíaca ainda na ambulância, a médica havia feito todos os procedimentos possíveis, mas...
Meu chão desabou, como podia ser possível? Entrei em desespero, senti que aquela dor no coração estava agora insuportável, achei que estava tendo o pior pesadelo de minha vida. Como eu poderia continuar vivendo sem minha mãe? Ela era meu porto seguro, meu norte, minha referência, meu TUDO.
Desde então, tenho tentado entender e aceitar a fugacidade da vida. Estamos aqui de passagem e por isso devemos viver pelnamente cada momento que Deus nos proporciona da melhor forma possível, o amanhã talvez não mais exista. Tenho me fortalecido a cada dia, e tentando ser uma pessoa melhor, assim como ela foi, para que um dia possamos nos reencontrar.

3 comentários:

  1. Valéria...bem sei o que está sentindo.
    Se leu o blog da minha mãezinha amada, percebe que os fatos aconteceram quase iguais.
    Coincidência?
    Não...querida amiga.
    Nada é por acaso.
    Tenha força, pois seu pai querido necessita agora, mais do que nunca.
    Sei o quanto é difícil colocar essa máscara e fingir que nada aconteceu.
    Estarei em orações por você e sua familia.
    Sinta a presença de sua mãe amada sempre ao seu lado, ela nunca te abandonará.
    Conte comigo.

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  2. Oi... dia 30/10/12 minha mãe de 48 anos teve um aneurisma e desencarnou, ainda estou tentando me acostumar com a ideia de não te-la mais aqui comigo fisicamente. A saudade é muito grande e entendo perfeitamente sua dor! Mas como tenho um bebe, não posso me deixar abalar. Achei lindo seu texto, e vi seus outros post, inclusive de carta que sua mãe ja lhe enviou e fico muito feliz por você, ainda estou na esperança de receber uma carta dela, por enquanto só obtive noticias dela dos meus amigos espirituais, pois ainda esta muito recente. Parabéns pelo seu blog, me ajudou muito, pois em busca de consolo acabei encontrando e adorei. Que deus continue lhe abençoando e dando força para seguir em frente, pois sei o quanto é difícil, perder nossa rainha, pois para mim, ela era minha rainha!

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    1. Olá, Haylla, somos irmãs na dor, só quem já passou por essa experiência sabe o que sentimos, a dor da saudade dói muito, a psicografia foi um bálsamo para isso. Tenho me sentido bem mais fortalecida. Faça sempre preces pela sua mãezinha pedindo muita luz e agradeça a dádiva do tempo que Deus lhes proporcionou juntas! Um abraço fraterno!

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