Mãezinha

Mãezinha
tarde no sítio

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu primeiro Natal sem você, mãezinha.




Senti tanto sua presença durante os preparativos, me recordei do nosso último Natal, a preparação da ceia, o corre-corre pra organizar o amigo-secreto de última hora e comprar os presentes. Sua alegria ao abrir o papel, beijá-lo e dizer " amei meu amigo secreto". Sabia que sua felicidade era incompleta por causa do filho ausente. Estava sem querer celebrar, pois no Natal anterior uma tragédia marcou nossas vidas. A senhora dizia que não tinha mais motivos para festejar. Hoje quando revejo as fotos percebo uma tristeza em seu olhar e compreendo profundamente o que se passava em seu íntimo. Mas Deus em sua infinita bondade, nos proporcionou uma noite mágica, inesquecível. Era nossa última chance de confraternizar e fomos extremamente felizes naquele momento.
Lembramos também do aniversário do Valter, a Laurinha dizendo " Vó, Deus te deu um grande presente no Natal, o tio Valter, ele nasceu no mesmo dia que Jesus". Só uma criança poderia, com sua ingenuidade e pureza, nos dar uma lição dessas.
Nesse ano tive que aprender a viver sem sua presença, a entender a sua partida e aceitar os desígnios de Deus. A Ele só me resta agradecer por me conceder uma mãe tão maravilhosa, aprendi com você a ser mãe, a ter dignidade, a ser solidária, a ser amiga e, principalmente, a dar valor à família. Ainda tenho um grande caminho a percorrer, mas ainda chego lá. 
Mãe, sinto muito sua falta, sempre dizia que não saberia viver sem você, mas fico feliz ao relembrar tantos momentos bons que vivemos juntas. Tento ser, como você, uma boa mãe para minhas filhas, que sempre, ao perceberem a tristeza me invadindo, me enchem de carinho e declarações de amor. Não há bálsamo maior para essa dor. FAMÍLIA.
2010 está acabando, costumo falar que foi o ano mais triste da minha vida, mas foi também um ano de aprendizado, amadurecimento espiritual, entendimento. Obrigada por tudo, mãezinha. Fique em paz. " E que nossos pensamentos não cessem de se encontrar e que o teu me siga e me sustente sempre.".
TE AMO!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Manhêêê...que saudades!!!!


Te amo muito e sei que está sempre comigo. Mas a saudade  está doendo muito. Tenho saudade de tantos momentos que vivemos juntas, das nossas conversas, das suas comidinhas, de passear e namorar vitrines juntas, de assistir comédias e chorar de rir, de deitar no seu colo e sentir suas mãos acariciando meus cabelos, de tirar seus cravinhos, de pintar seu cabelo, de ouvir suas reclamações, de levar broncas, do nosso último Natal...São tantas lembranças... Que bom que as tenho, é sinal de que vivemos nossa relação mãe e filha de forma plena e harmoniosa. O amor ficou.
Li essa mensagem num blog e achei maravilhosa, vou compartilhar com os amigos.
“Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (…) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas  vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão  até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional… Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus  pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Tio, – disse-me ela – às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores… Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com  muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para  esta vida!
Indaguei:
E o que morte representa para você, minha querida?
Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu  procedia exatamente assim.)
É isso mesmo.
Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei “entupigaitado”, não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
E minha mãe vai ficar com saudades – emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
E o que saudade significa para você, minha querida?
Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade:    é o amor que fica!”

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pais e filhos

Exigimos de nossos filhos uma conduta diferente, mas não podemos esquecer nem ignorar que, os filhos que Deus nos dá no dia de hoje, são os frutos de nossos atos de ontem.
Se o presente nos fala do passado, é bom nos lembrarmos
de quando em quando, da nossa conduta junto dos pais
que nos agasalharam, para sentirmos em sã consciência, a dificuldade que tiveram para fazer de nós, homens de bem, em nossos impulsos de rebeldia e de desobediência.
Aceita os filhos que Deus te deu tais quais são,
reprimindo-lhes os atos que te parecem indignos,
com a tua perseverança na dignidade e no bem,
dentro do lar e fora dele.
Não imagines nem penses que a tua corrigenda possa
surgir de imposições ou exigências na sua direção, não!
Nas horas que ages erradamente, pensando que estás
certo na tua maneira de viver.
Agora, as circunstâncias, na direção de teus filhos te .pedem discernimento, paciência, humildade,
e compreensão, para que possam se equilibrar.
Persevera fiel no posto que Deus te confia, trabalhando
e servindo, visando sempre o bem comum, e não duvides
que se na hora extrema da tua dor pelo teu desatino, ele te levantou, colocando-te na trilha certa da verdade e do bem.
Também agora à frente dos filhos que tanto te fazem
sofrer, não te deixará sem o amparo necessário, para que tenhas a capacidade de encaminhá-los ampliando-lhes
a visão espiritual com o teu exemplo de amor cristão.
_Paz, Amor e Caridade in. www.gotasdeamoreluz.com.br/mensagens


Mãezinha Hilda, vovó Elídia, obrigada por tudo. Tento seguir, hoje, o exemplo das mães extraordinárias que vocês foram. Amo vocês.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

nosso lar

É amanhã, a estréia do filme Nosso Lar, eu vou, com certeza. Esse livro me ajudou a entender muita coisa que,antes da partida de minha mãe, eu ignorava. Hoje sonhei novamente com ela, beijei, abracei e ela me dizia que não havia morrido. Eu sei, mãe, hoje eu sei mais do que nunca.

terça-feira, 24 de agosto de 2010


A felicidade não entra em portas trancadas.
(Chico Xavier)
Paizinho, com certeza a mamãe está muito feliz em ver que o sorriso de felicidade voltou aos seus lábios. Viva, pai, ame a vida, ela continua, apesar de tudo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM
"Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos." (Friedrich Nietzsche)
Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva
Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.
Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão.
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho mãe se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado avó.
Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla.
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar.
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer.
Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre.
Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade.
Escrevi essa crônica em 11 de março de 2008, um dia após a morte de Ignês Pelegi de Abreu, minha mãe. Naquela época eu não tive condições de ler o texto no ar, no que fui socorrido pelo meu amigo Irineu Toledo. Hoje, um ano após sua morte, repito essa crônica em homenagem não só a ela, como a todas as mães que habitam o céu.
www.vidanet.org.br/.../maes-morrem-quando-querem -

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

felicidade


Hoje acordei tão feliz que tinha de compartilhar isso com todos. Ontem recebi um e-mail cuja mensagem inicial era para que eu mentalizasse algo que eu quisesse muito.No momento pensei: " Meu Deus, o que posso pedir se já tenho tanto? Uma família linda, filhas saudáveis e perfeitas, um casamento harmonioso, um trabalho, que mais chamo de vocação, que amo fazer?" Enfim...a única coisa que me faz falta mesmo é a presença física de minha mãe, mas como aprendiz da doutrina sei que tenho que perseverar e entender que ela apenas está em outra dimensão, mas nunca morta. Pensei então que se ela me mandasse um sinal, uma mensagem, algo para aplacar essa depressão que, volta e meia, torna a voltar.
A tarde fui trabalhar, quando cheguei em casa comecei a assistir a novela " Escrito nas estrelas" que por sinal, estou adorando. Veio num momento providencial para mim. Afinal o cair da noite é o momento em que mais me entristeço. A cena em que o Daniel visita a Viviane durante um sonho e seus espíritos passeiam juntos foi tão tocante, que é claro, fui às lágrimas e pensei,"queria tanto que a senhora me visitasse, mãe!".
À noite, entrei no blogger e li algumas lindas mensagens e me emocionei, como sempre.Adoro os posts da Jeanne, da Valéria, minha xará, da JR e tantos outros... Aprendo tanto com esses amigos!!! Quando entrei no blog LUZ DE NOSSA VIDAS da minha amiga Patrícia, fui surpreendida com a psicografia da d. Mércia, me identifico demais com ela, não sei por que, mas sinto uma empatia muito forte.Talvez seja porque somos irmãs na dor. A d. Mércia me lembra demais minha mãe, alegre, disposta, jovem de alma. As palavras dela nas cartas batem fundo em meu coração e me consolam tanto, pois sei que a minha mãe também está bem.Pensei: "Isso já um sinal, pois me trouxe tanta paz!"
Para fechar com chave de ouro o meu dia: Sonhei com minha mãezinha, foi um sonho tão maravilhoso, eu a abraçava tanto, beijava seu rosto e dizia sem parar o quanto eu a amo. Não consigo me lembrar de muitos detalhes, mas lembro-me0que ela estava tão feliz, parecia que ela resplandecia amor por todos os poros, foi realmente uma experiência inesquecível. Acordei realizada, as primeiras palavras que eu disse foram: "Obrigada, Pai de bondade, obrigada pela noite maravilhosa, pelo sonho divino que me proporcionaste.Pela visita que concedeste." Meu marido também ficou tocado, e também agradeceu a Deus por me ver tão bem, pois ele tem presenciado tantas vezes o meu pranto e sempre me amparando em seu amor. Levantei me da cama, fui ao quintal e olhei para o céu azul resplandecente, dei bom dia ao Dia,fazia tanto tempo que eu não fazia mais isso, falei novamente com Deus. " Obrigada, obrigada, meu Pai".
É isso, amigos, meu pedido foi atendido por Ele, e eu não poderia deixar de divulgar uma experiência espiritual tão profunda como essa.
Mãe, obrigada por tudo, por ter sido quem me gerou, me deu amor, carinho, exemplos de dignidade e fraternidade. Te amo pra sempre...sempre...sempre...
Aos meus amigos, muita luz.
Abraços fraternos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

seis meses sem ti




Seis meses sem ti mãezinha, sem seu carinho, sem suas broncas, sem seu abraço... a dor que tua ausência me causa teima em persistir. Sinto tanta falta da sua risada...
Às vezes acordo feliz, agradeço muito a Deus por sonhar tanto contigo. Há alguns dias a senhora visitou a Laurinha, ela me acordou de madrugada para contar “mamãe, eu sonhei com a vovó, só que ela não disse nada no sonho.”, abracei-a forte e disse “ fique feliz, filhinha, a vovó está sempre pensando em você”.
Tenho alternado dias bons com outros nem tanto.Mas sei que isso faz parte do processo, sei que está feliz vendo o papai superando a solidão, agora que ele foi visitar os familiares está feliz, sendo mimado por todos. Tenho certeza de que ele vai voltar com energias renovadas. Ele passou o dia dos pai longe daqui, mas mandei uma mensagem pra ele. Dizia assim
“Meu pai
meu herói,
meu porto seguro,
meu orgulho,
meu exemplo de honestidade, dignidade, bondade...
O que seria de mim sem você, pai?! Como eu passaria por uma dor tão grande sem seus braços para me acolher, me proteger, me consolar e, principalmente, me amar incondicionalmente?!
Obrigada por nos proporcionar junto com a mamãe essa família maravilhosa, o nosso lar e tanto amor.
Te amo muito.”
Agradeço a ti também, mãezinha, por tudo que me ensinou por meio de palavras e, principalmente, de exemplos. É o seu exemplo de mãe que pretendo repetir com minhas filhas, que são a minha razão de viver.
Fique em paz, na luz. Te amo pra sempre.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Recebi a visita de minha mãe


Nesse final de semana retornei ao Guarujá, no apartamento onde vi minha mãe pela última vez, foi muito difícil, revivi os momentos de alegria que passamos juntas naqueles três últimos dias e também a preocupação daquela fatídica noite de 15 de fevereiro. Quando entrei no quarto, senti sua presença, me lembrei dos detalhes, ela, transpirando, sentido enjôos, me dizendo “filha, não estou me sentindo bem”, acomodei-a na cama e medi a pressão, estava alta. Quando resolvemos leva-la ao hospital, saiu do banheiro e olhou-me nos olhos, dizendo “você se lembra da Luci?”( uma grande amiga que havia morrido também de infarto fulminante). Ela já estava pressentindo que ia partir da mesma forma. E realmente partiu, no dia seguinte, sem aviso, sem sofrimento, fechou os olhinhos e se foi.
Tudo isso foi como um filme passando em minha cabeça, chorei muito, e depois me deitei, dormi na mesma cama em que dormimos juntas, pela última vez. Recebi sua visita num sonho, foi maravilhoso, ela me deitou em seu colo, eu chorava bastante e ela acariciava meus cabelos, me consolava, sem palavras, seu gesto foi suficiente. Acordei no outro dia e contei aos meus familiares, fiquei em paz, agradeci a Deus por ter permitido esse contato.
Mãe, estou bem porque sei que a senhora está em paz, na luz. Te amo pra sempre.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mãe, eu sei que ainda está viva...


Tenho estado um tanto melancólica ultimamente, especialmente hoje, que completam cinco meses longe de minha amada mãezinha. A dor da saudade é indescritível, mas eu sei, com convivção, que a morte não existe, tenho que me acostumar com essa nova realidade em minha vida, não posso tocar, abraçar, beijar minha mãe, mas posso senti-la perto de mim, zelando ainda meus passos e de todos os que amou aqui na Terra. Estou lendo o livro "Espiritos entre nós" de James Van Praagh, estou amando e, principalmente, aprendendo muito. Vou deixar aqui um trecho com o qual me identifiquei, pois sempre ficava me perguntando, "será que minha mãe sofreu muito, durante o infarto?" " Será que ela se sentiu abandonada, sozinha naquela fria ambulância?". Encontrei essas respostas:
"Ausência de dor

Por que escapamos da dor no momento final? Será que
nosso espírito sente que o fim se aproxima e é capaz de
desligar os receptores de dor pouco antes de morrermos?
Aparentemente o Universo nos equipou com uma espécie
de válvula para desligar a dor no cérebro, e ela começa a
funcionar quando estamos a ponto de abandonar nosso
corpo. Tudo se apaga, e a pessoa perde a consciência e a
memória. Quando pergunto aos espíritos sobre a violência
de um acidente, sobre o choque de uma bala entrando no
corpo ou sobre a dor de um ataque cardíaco, eles
freqüentemente respondem que não se lembram do
impacto. Em vez disso, recordam-se imediatamente de seus
entes queridos. De um jeito ou de outro, cada um deles diz:
"Eu gostaria que (meu marido, minha esposa, minha mãe,
pai, filha, irmã, irmão, filho) soubesse que ainda estou vivo."

Mãe, fique tranquila, eu sei que ainda está viva e junto comigo sempre!!!

domingo, 4 de julho de 2010

Vá com Deus, tio Tonho


Mais uma partida, mais uma família de luto pela perda de um ente querido, filhos, netas, sobrinhos, amigos, todos choram de saudades, mas ao mesmo tempo agradecem a Deus pela oportunidade de ter compartilhado momentos bons contigo. Deus o chamou depois de muito sofrimento, ou seja, Ele te libertou. O leito do hospital já estava se tornando seu cativeiro terreno. Vá agora, Antonio, iniciar sua jornada do outro lado do caminho. Aprenda, evolua, olhe por todos os que te quiseram bem. Fique em paz, fique na luz. Vá com Deus. Ah, se por acaso se encontrar com minha mãezinha, diga-lhe que sinto muito a falta dela e que a amo muito.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

seu aniversário



O dia de São João nunca mais será o mesmo sem a comemoração de seu aniversário, mãe. Ah, mãezinha, foram tantos planos para esse ano, suas bodas de ouro com o pai, meus 40 anos, os 50 do Valter. De repente tudo perdeu o sentido, sua ausência dói demais. Levei flores em seu túmulo atendendo um pedido do pai, mas sei que não precisava disso, afinal a senhora está aqui, ao nosso lado, olhando e zelando por nós, como sempre. Tenho convicção do que falo, pois se achasse que tudo acabou, não estaria conseguindo prosseguir com minha vida. Sei que nos reencontraremos um dia, e poderemos nos abraçar novamente. Te amo infinitamente.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quatro meses sem ti


Quatro meses já se passaram, mãezinha, quatro meses de saudades, sinto tanto sua falta.
São tantas lembranças, tantas recordações. Outro dia a Laura ficou doentinha e eu me peguei pensando, se minha mãe estivesse aqui
estaria ao meu lado, me ajudando a cuidar da pequena. Senti falta de sua presença e de seus conselhos.
Seu aniversário está chegando, o da Ju e do pai também, será tão difícil não tê-la ao nosso lado para celebrar a vida. Sei que estará aqui em espírito,
feliz por nos ver bem, mas festejar é difícil ainda. A tristeza já está, aos poucos, sendo substituída pela aceitação, acredito que seja um processo lento, pois
sua estadia aqui na Terra foi muito marcante.
São tantas pessoas que se lembram de ti com ternura e afeto, mãe, tenho tanto orgulho da senhora, como as pessoas tem boas recordações de ti, deixou tantos orfãos.
Muitos chegam até mim e dizem, " Valéria, sua mãe me ajudou muito quando precisei, me deu tantos conselhos, me amparou no desespero, me auxiliou nos momentos difíceis, me fez companhia na solidão, me animou com seu alto-astral, cuidou de mim na doença..." enfim, são tantos testemunhos de amizade e gratidão. Afinal, nunca se negava a ajudar a quem pedisse.
É por isso, mãe, que tenho plena convicção de que está num bom lugar, imagino-te numa colônia cheia de gente, claro, pois sempre gostou de agito, ajudando e cuidando dos necessitados e, principalmente, levando alegria por onde passar. Essa é a minha mãe.
Comecei esse relato tão tristinha, mas algo me deu fôlego novo, sinto-me feliz em falar de ti, sinto-me abençoada por Deus ter te escolhido para ser a minha MÃE.
Ouvi dizer que tulipas significam amor eterno, ofereço-as a ti, com todo meu amor.
Te amo pra sempre.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu daria tudo para poder te ver de novo, te abraçar, estar com você agora. Esperava que com o passar do tempo a saudade daria cada vez mais lugar a aceitação, mas essa falta e essa dor me corróem cada dia mais.
Eu sinto sua ausência a cada lugar que olho que você já esteve comigo, a cada blusa furada que não tenho mais quem concertar, a cada lagrima que derramo que você limpava, a cada momento ruim que você ficava do meu lado e a cada momento alegre que você comemorava comigo e as vezes ficava até mais feliz do que eu. não consigo aceitar sua partida, não consigo aceitar esse aniversário que vou passar sem você .
Vó eu sinto sua falta mais do que já senti de qualqer outra pessoa, mais do qe já senti de qualqer outra coisa, porque você era minha segunda mãe, meu exemplo, minha fortaleza. Eu te amo eternamente e esse amor que carrego em meu peito eu sei qe ninguém nunca vai tirar de mim.
Sempre terei uma lembrança gostosa, uma memória linda, de momentos perfeitos que na hora não nos damos conta do quanto são felizes, tudo só depende das pessoas que nos cercam, agora sinto como dói perder alguém que agente tanto amava e admirava, isso dói muito, e não existe nenhuma palavra, nenhum verso, nenhum texto qe demonstra esse amor e saudade qe sinto de você.
Peço para que esteja sempre intercedendo por mim, sempre ao meu lado e faça com que eu consiga aceitar isso mais facilmente, sei que esconder minha dor de todos não vai adiantar em nada, mais sei qe todos estão sofrendo como eu, talvez até muito piores do que eu, então prefiro guardar essa dor para mim, só me prometa estar sempre ao meu lado, sempre aqui, como você sempre esteve.

domingo, 6 de junho de 2010

saudades...saudades...saudades...


Mãezinha, esperava tanto por notícias suas, mas elas não vieram. Tudo bem, entendo que a senhora deva estar muito ocupada com seu aprendizado, afinal é tudo novo aí, não é? Deve ser muita coisa para absorver. Tenho certeza que está totalmente envolvida nesse processo evolutivo e por isso, esteja certa, tenho mais orgulho ainda de ti.
Ouvi as palavras de outras mães,que falaram por intermédio dos médiuns,e senti como se fosse a senhora falando comigo. Me identifiquei muito com aquela que descreveu o infarto, ela disse que não sofreu, que apenas sentiu o coração disparar e logo depois caiu num sono profundo e agradável. Imagino-te assim, calma e cosciente de seu desencarne. Entendi também que, ao ver tantas mãezinhas com o coração em pedaços, tenha cedido seu lugar aos filhos que precisavam tanto dar-lhes notícias.Conheço-te tão bem, que sei que querias ajudá-las de alguma forma e ajudou sim. Vê-las chorando de alegria ao ouvir as palavras dos filhos me encheu o coração de paz, senti a presença de Deus de uma forma avassaladora, mãe, como Ele é maravilhoso.Ouvi tantos lamentos, tantas histórias tristes que percebi como minha dor é infinitamente menor que a de muita gente. Por isso, mãe, vou sempre agradecer a Deus pela dádiva de poder conviver por quase 40 anos com a senhora e aprender tanto, e viver momentos tão maravilhosos.
Mãe, não pense que desisti, vou perseverar, conto com sua mensagem quando estiver preparada e quando Eele achar que é a hora certa.
Te amo infinitamente.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

Confia em Mim - Vida Reluz



Mãe, essa música tocou seu coração um dia..um dia como hoje, em que não sabemos o paradeiro do Di. Ofereço-a então ao meu irmão, esteja ele onde estiver e a todas as pessoas que acham que tudo está acabado e que não são importantes pra ninguém. Confiem Nele.

PADRE FÁBIO DE MELO - PERDAS NECESSÁRIAS - com legendas

Perdas necessárias

Mãezinha amada,
Acho que a senhora está orgulhosa de mim. Até eu me surpreendo com tanta força, sei que é seu amor que me energiza todas as manhãs, quando inicio meu dia, tenho aprendido tanto, mãe. A certeza de que apenas um véu te oculta de minha visão, que está comigo sempre, que também se fortalece com minhas orações, me enche o coração de conforto. Tenho tentado ser uma pessoa melhor, desde sua partida, as leituras diárias que faço do evangelho e dos textos que encontro nos blogs de meus amigos tem facilitado esse processo.
Tenho trilhado esse caminho, mas sei que não será fácil assumi-lo publicamente, afinal sei que não serei compreendida pela maioria das pessoas com quem convivo. O pai me incentiva e fica feliz em me ver mais tranqüila e consolada. Há uma música, do padre Fábio, que diz que algumas perdas são necessárias nessa vida para que posamos ser pessoas melhores, eu não queria que fosse dessa forma, mas devemos aceitar os desígnios do Pai.
Imagino que a senhora esteja com o coraçãozinho apertado por ver seu filho, novamente, em caminhos obscuros, mas acredito que agora tem benfeitores que a ajudarão a entender e, quem sabe, ajudá-lo de alguma forma. Fique tranqüila que do pai eu cuido...Ah, o pai, que fortaleza...tem surpreendido muita gente, sei que está feliz por vê-lo lutando contra a depressão e a solidão, ele quis ficar esse tempo sozinho e nós respeitamos, espero que tudo isso não seja uma máscara que ele colocou para nos tranqüilizar, sabe bem como ele evita dar preocupações. Mas quero acreditar que ele também está recebendo suas energias positivas. Deus o está amparando sempre, afinal, eles tem uma ligação tão especial.
Enfim, mami, estamos nos unindo cada vez mais, um sempre está cuidando do outro, sempre nos comunicando e, quem sabe, o filho pródigo volte, como das outras vezes, lembrando-se que tem família, ele tem e sempre terá, estaremos sempre aqui. Foi isso que a senhora deixou marcado em nossos corações, FAMÍLIA em primeiro lugar.
Te amo infinitamente, receba meu beijo de filha e amiga.
Saudades, saudades, saudades, saudades...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Linda música


A letra dessa música diz tudo...


Minha Mãe, Minha Flor
Anjos de Resgate

Está faltando uma flor
No jardim do meu coração há um vazio em mim
Sei que foi Deus quem te colheu
E te levou pra enfeitar um jardim que existe no céu

Eu não consigo encontrar uma flor
Que me faça esquecer essa dor
Dentro de mim ainda posso sentir
O perfume que exalava de ti

Mãe eu preciso dizer amo você não vou te esquecer
Quando no céu te encontrar com lágrimas de amor
Eu vou te regar minha mãe minha flor

Sinto falta de cuidar de ti
Dos carinhos que deixei de fazer quanto tempo eu perdi

segunda-feira, 17 de maio de 2010

mamãe


Minha mãe considerava seu irmão Osvaldo Puga como o filho mais velho, e ele a tinha como segunda mãe. Se amavam muito. No dia 9 de maio de 2009 ele partiu, ela sofreu demais, chorava muito sentindo sua falta. Depois de nove meses, ela o seguiu, partiu da mesma forma, sem aviso, sem despedidas. Esse poema foi escrito por ele em 1997, encontrei em seus pertences e resolvi divulgar esse amor fraternal.

Mamãe

Como um sol iluminando meus dias,
Por tantos anos, incansavelmente.
Impossível descrever-te em poesias,
Pois és um misto de santa e de gente.

Teus conselhos repletos de bondade
Ensinando-me sempre o melhor caminho.
Rezando sempre pela minha felicidade,
Como posso retribuir a tanto carinho?

Fonte inesgotável do mais puro amor
Até as leis da natureza contrarias,
Sofres mais que eu na minha dor
E sorrindo se comove nas minhas alegrias

Já disseram que "mãe"é a palavra mais doce
Que um dia o poeta escreveu
Obrigado, mamàe, porque me trouxe
A este mundo de amor que hoje é só seu.

(Osvaldo Puga)

sábado, 15 de maio de 2010

partidas e chegadas


Amanhã fará 3 meses que minha amada mãe partiu, estou muito triste, sentindo imensamente sua falta, li essa mensagem no blog(partidas e chegadas) e me emocionei muito, diz tudo que eu precisava ouvir hoje.

Quando observamos da praia, um veleiro afastar-se da costa, navegando mar adentro, impulsionado pela força dos ventos, ele nos parece cada vez menor. De repente só podemos contemplar um pequeno ponto branco onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir no horizonte certamente exclamará ¨já se foi¨. Terá sumido? Evaporado?

Não certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.

Mas ele continua o mesmo. Talvez, no exato instante em que alguém diz ¨se foi¨, haverá outras vozes, mais além, afirmar: ¨lá vem o veleiro¨. Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos ¨já se foi¨.

O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu, suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.

Tenho certeza, mãezinha, que os que partiram antes de ti, como o vovö Luiz, a bisa Gabriela, os tios Edgard e Osvaldo e a vó, estavam dizendo (lá vem a Hilda) de braços abertos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

um anjo chamado mãe


Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:

CRIANÇA: Dizem que estarei sendo enviado à terra amanhã...
Como eu vou viver lá, sendo assim tão pequeno e indefeso?
DEUS:Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lá te esperando e tomará conta de você.
CRIANÇA: Mas diga-me: Aqui no céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir,o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?
DEUS:Seu anjo cantará e sorrirá para você e,a cada dia, a cada instante, você sentira o amor do seu anjo e será feliz.
CRIANÇA: Como poderei entender quando falarem comigo se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
DEUS: Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.
CRIANÇA: E o que farei quando quiser te falar?
DEUS: Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.
CRIANÇA: Eu ouvi dizer que na terra há homens maus. Quem me protegerá?
DEUS: Seu anjo lhe defenderá, mesmo que isto signifique arriscar a própria vida.
CRIANÇA: Mas eu serei sempre triste porque não te verei mais.
DEUS: Seu anjo sempre lhe falará sobre mim e lhe ensinará a maneira de vir a mim e eu estarei sempre dentro de você. Nesse momento havia muita paz no céu, mas as vozes da terra já podiam ser ouvidas.
A criança apressada pediu suavemente: Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me, por favor, o nome do meu anjo.
DEUS: Você chamará seu anjo de MÃE.

Obrigada por tudo, mãe. Te amo infinitamente.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alô, mãezinha,


Que saudades de ouvir sua voz do outro lado da linha
"Oi, Lelinha, que bom te ouvir!"
Como dói não poder conversar com a senhora, contar sobre o meu dia, sobre suas netas, sobre meus medos e inseguranças. Sinto-me tão desprotegida, tão perdida sem tua presença. O dia das mães está chegando, como vai ser difícil não te abraçar,não poder sentir seu carinho... mas eu não posso me esquecer de que também sou mãe e por isso devo estar inteira pelas minhas filhas. Acho que elas não agüentam mais presenciar tanto choro, tanta tristeza. É por isso que gosto de me trancar em meu quarto, lá eu posso falar contigo, rezar pela sua alma, chorar em meu travesseiro. Tenho estudado e tentado entender essa partida, a idéia de que possas estar bem, aí do outro lado do caminho, me enche o coração de consolo.
Te amo pra sempre, mãe.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Homenagem a Hilda

eternamente comigo. by: neta Jú

Vó que saudades que tenho de você! das noites em que eu era beeeem pequenininha e ia dormir na sua casa, colocava bob no seu cabelo, agente assistia a novela das 8:00, você fazia bolo e a noite, eu tinha medo do escuro e você ficava deitada do meu lado segurando minha mão até eu dormir. Sinto muuuita saudade dos almoços de domingo macarronada,frango, salada e refri >.< style=""> apenas 11 anos com você, você me ensinou a rezar, me apoiava em tudo, me mimava sempre, me dava mais amor do que eu merecia. Como me esquecer do ultimo dia que você passou comigo? Que você sentou do meu lado para ver fotos e quando viu uma minha disse: ‘’essa menina, é tão linda! Fica linda nas fotos até de olhos fechados! A amo tanto!’’ me arrependo tanto vó, de não ter te dado um abraço quando você foi para o hospital, de não ter demonstrado sempre o quanto eu te amo incondicionalmete, o quanto você é extremamente importante para mim. Agradeço a Deus por ter me dado 3 dias tão próxima a você, meus três últimos dias com você, que agente entrou na piscina do prédio, se divertiu, brincou, gargalhou... e do natal maravilhoso que tivemos juntas. Aaah vó, me desculpe por não ter me despedido da senhora quando você foi para o hospital! Me desculpe vózinha! Você não sabe como eu me arrependo disso! Eu imaginava que fosse só um mal estar, que nós estaríamos juntas novamente em Jundiaí, que estriamos rindo de novo na nossa casa! Quando eu ia imaginar que seriam os últimos dias em que estaríamos juntas... eu sempre imaginei que você ia continuar comigo igual a bisa Elidia, que ia ficar comigo até os seus 90 aninhos... mas Deus te levou mais cedo. Sempre que imaginava o dia que você partiria, sentia uma dor tão grande... e sempre explussava imediatamente esse pensamento, agora tudo se tornou realidade, a dor se triplicou, as saudades são infinitas, e eu me sinto um lixo de não ter mais coragem de ir ao cemitério no seu túmulo, eu simplismente não consigo te imaginar ali. Minha segunda mãe, minha guerreira, minha amada vózinha, me perdoe por algo que fiz que a magoou, me desculpe por não ser uma neta perfeita que você merecia, me desculpe por ser tão egoísta a ponto de não acreditar que você se foi e que eu nunca mais te verei. Me desculpe. Eu te amo incondicionalmente. Para sempre, para sempre. De sua neta Júlinha.

A aceitação

Nos dias seguintes, começamos a vivenciar o luto. Precisávamos agora, assimilar o fato e continuar a viver, a preocupação maior era com meu pai, afinal foram 50 anos de vida em comum. Se para nós estava sendo difícil, imagina para ele, que de repente se sentira "amputado". Sei que a palavra é forte, mas foi assim que ele mesmo definiu como se sentia. O amor entre os dois era invejável, uma referência para muitas pessoas amigas e para os familiares.
A missa de sétimo dia se aproximava e eu queria encontrar uma mensagem de otimismo, algo que realmente expressasse o que ela nos diria. Encontrei a mensagem "A morte não é nada" de Santo Agostinho e mandamos fazer um cartão com a foto em que ela aparecia mais feliz. Segue a mensagem:

"A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."

A vida é tão fugaz

Resolvi criar esse blog para homenagear minha falecida mãe e para compartilhar essa experiência de perda e aprendizado com pessoas que também estejam passando por isso ou já passaram.
Foi no carnaval de 2010, estávamos no Guarujá, meu irmão que mora nos EUA havia chegado para passar suas férias conosco, minha mãe estava tão ansiosa em rever o filho, tão feliz...A família quase toda reunida, enfim, era um momento de plena harmonia entre nós. Eu já havia percebido que ela andava um pouco frágil, justo ela que sempre fora energia pura, mas pensava "deve ser o calor".
No dia 15/02 sua pressão subiu e a levamos ao hospital, onde ela passou a noite em observação. No dia seguinte foi transferida para Jundiaí, conversei com a médica da UTI móvel, que me tranquilizou dizendo que minha mãe estava estável e que seria monitorada até chegar em Jundiaí. Subimos a serra tranquilos, conversando e comentando que a mamãe havia nos dado um susto e que assim que tivesse alta eu a levaria para minha casa, onde iria mimá-la um pouco. Lêdo engano.
Quando estávamos próximos ao hospital, fui tomada por um pressentimento, uma dor aguda no peito, sei lá uma sensação desagradável. Roguei a Deus que não a levasse. pedi a intercessão de Nossa Senhora, que também é mãe. Cheguei no hospital, entrei correndo, até me esqueci que meu pai vinha atrás de mim, e recebi a triste notícia, meus tios que já estavam lá me disseram que ela havia sofrido uma parada cardíaca ainda na ambulância, a médica havia feito todos os procedimentos possíveis, mas...
Meu chão desabou, como podia ser possível? Entrei em desespero, senti que aquela dor no coração estava agora insuportável, achei que estava tendo o pior pesadelo de minha vida. Como eu poderia continuar vivendo sem minha mãe? Ela era meu porto seguro, meu norte, minha referência, meu TUDO.
Desde então, tenho tentado entender e aceitar a fugacidade da vida. Estamos aqui de passagem e por isso devemos viver pelnamente cada momento que Deus nos proporciona da melhor forma possível, o amanhã talvez não mais exista. Tenho me fortalecido a cada dia, e tentando ser uma pessoa melhor, assim como ela foi, para que um dia possamos nos reencontrar.