Mãezinha

Mãezinha
tarde no sítio

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Recebi a visita de minha mãe


Nesse final de semana retornei ao Guarujá, no apartamento onde vi minha mãe pela última vez, foi muito difícil, revivi os momentos de alegria que passamos juntas naqueles três últimos dias e também a preocupação daquela fatídica noite de 15 de fevereiro. Quando entrei no quarto, senti sua presença, me lembrei dos detalhes, ela, transpirando, sentido enjôos, me dizendo “filha, não estou me sentindo bem”, acomodei-a na cama e medi a pressão, estava alta. Quando resolvemos leva-la ao hospital, saiu do banheiro e olhou-me nos olhos, dizendo “você se lembra da Luci?”( uma grande amiga que havia morrido também de infarto fulminante). Ela já estava pressentindo que ia partir da mesma forma. E realmente partiu, no dia seguinte, sem aviso, sem sofrimento, fechou os olhinhos e se foi.
Tudo isso foi como um filme passando em minha cabeça, chorei muito, e depois me deitei, dormi na mesma cama em que dormimos juntas, pela última vez. Recebi sua visita num sonho, foi maravilhoso, ela me deitou em seu colo, eu chorava bastante e ela acariciava meus cabelos, me consolava, sem palavras, seu gesto foi suficiente. Acordei no outro dia e contei aos meus familiares, fiquei em paz, agradeci a Deus por ter permitido esse contato.
Mãe, estou bem porque sei que a senhora está em paz, na luz. Te amo pra sempre.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mãe, eu sei que ainda está viva...


Tenho estado um tanto melancólica ultimamente, especialmente hoje, que completam cinco meses longe de minha amada mãezinha. A dor da saudade é indescritível, mas eu sei, com convivção, que a morte não existe, tenho que me acostumar com essa nova realidade em minha vida, não posso tocar, abraçar, beijar minha mãe, mas posso senti-la perto de mim, zelando ainda meus passos e de todos os que amou aqui na Terra. Estou lendo o livro "Espiritos entre nós" de James Van Praagh, estou amando e, principalmente, aprendendo muito. Vou deixar aqui um trecho com o qual me identifiquei, pois sempre ficava me perguntando, "será que minha mãe sofreu muito, durante o infarto?" " Será que ela se sentiu abandonada, sozinha naquela fria ambulância?". Encontrei essas respostas:
"Ausência de dor

Por que escapamos da dor no momento final? Será que
nosso espírito sente que o fim se aproxima e é capaz de
desligar os receptores de dor pouco antes de morrermos?
Aparentemente o Universo nos equipou com uma espécie
de válvula para desligar a dor no cérebro, e ela começa a
funcionar quando estamos a ponto de abandonar nosso
corpo. Tudo se apaga, e a pessoa perde a consciência e a
memória. Quando pergunto aos espíritos sobre a violência
de um acidente, sobre o choque de uma bala entrando no
corpo ou sobre a dor de um ataque cardíaco, eles
freqüentemente respondem que não se lembram do
impacto. Em vez disso, recordam-se imediatamente de seus
entes queridos. De um jeito ou de outro, cada um deles diz:
"Eu gostaria que (meu marido, minha esposa, minha mãe,
pai, filha, irmã, irmão, filho) soubesse que ainda estou vivo."

Mãe, fique tranquila, eu sei que ainda está viva e junto comigo sempre!!!

domingo, 4 de julho de 2010

Vá com Deus, tio Tonho


Mais uma partida, mais uma família de luto pela perda de um ente querido, filhos, netas, sobrinhos, amigos, todos choram de saudades, mas ao mesmo tempo agradecem a Deus pela oportunidade de ter compartilhado momentos bons contigo. Deus o chamou depois de muito sofrimento, ou seja, Ele te libertou. O leito do hospital já estava se tornando seu cativeiro terreno. Vá agora, Antonio, iniciar sua jornada do outro lado do caminho. Aprenda, evolua, olhe por todos os que te quiseram bem. Fique em paz, fique na luz. Vá com Deus. Ah, se por acaso se encontrar com minha mãezinha, diga-lhe que sinto muito a falta dela e que a amo muito.